sexta-feira, 25 de abril de 2008

Existem mais sites na Web que encorajam o suicídio do que os que oferecem ajuda

Um estudo feito por pesquisadores ingleses detectou que a internet tem mais sites estimulando o suicídio do que aqueles que oferecem ajuda. A informação completa está em artigo publicado no site W-news.

Os pesquisadores das universidades de Bristol, Manchester e Oxford, no Reino Unido, fizeram várias buscas tentando observar o que encontraria um usuário típico que procurasse informações sobre o tema suicídio. Foram utilizados quatro serviços de busca populares: Google, Yahoo, MSN e Ask.

Em seguida, os autores empregaram 12 diferentes termos e analisaram os dez primeiros sites retornados por cada uma das ferramentas de busca. Do total de 480 sites, um pouco menos da metade trazia informações sobre métodos usados em suicídios.

Desses sites com informações, 90 eram de sites dedicados principalmente ao suicídio, sendo que metade deles, segundo os autores, “encorajava, promovia ou facilitava” o ato. Dos 480 sites, 43 continham relatos de métodos usados em suicídios e discutiam prós e contras de cada um deles, sendo que dois deles retratavam o suicído como se fosse moda.

Foram encontrados ainda 12 salas de bate-papo ou fóruns de discussão que abordavam métodos usados em suicídios. Do total de sites, 62 (13%) estavam centrados na prevenção e apoio e 59 (12%) desencorajavam o ato.

Os pesquisadores verificaram que quase todos os sites dedicados ao suicídio forneciam informações sobre métodos. Mas o mesmo tipo de informação foi encontrado em um quinto das páginas de apoio e prevenção, em 55% dos sites de pesquisa e de organizações que lidam com o tema e na totalidade dos textos publicados sobre o assunto em serviços noticiosos.

Os três sites (Alt Suicide Holliday, Satan Service e Suicide Methods) mais populares eram os mesmos com a maior quantidade de informações a favor do suicídio, entre as quais métodos, velocidade, exatidão e até mesmo a quantidade de dor esperada em cada uma das alternativas.

Para tentar diminuir o possível efeito danoso dos sites que incentivam o suicídio, os autores do estudo sugerem a auto-regulação dos provedores de internet e o uso, pelos pais, de programas que filtrem páginas de internet.

Mas os próprios pesquisadores destacm que “qualquer tentativa de controlar a promoção do suicídio precisa levar em consideração o equilíbrio entre liberdade de expressão, a proteção ao público e a natureza global da internet”.

Para saber mais:

Existem mais sites na Web que encorajam o suicídio do que os que oferecem ajuda

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Wagner Belmonte diz: